O Programa de Saneamento Ambiental e Inclusão Socioeconômica do Acre (PROSER) do governo do Estado, que é comandado pelo departamento de pavimentação de ruas e abastecimento de água (DEPASA), cujo objetivo é promover o desenvolvimento nas áreas infraestruturas, saneamento básico e água potável nas quatro cidades isoladas do Acre, também se estenderá as aldeias indígenas na zona rural do município de Jordão.
Em 2014, segundo o IBGE, a população de Jordão era de 7.333 mil habitantes, sendo que desse total 40% são indígenas da etnia Kaxinawá. Os índios estão divididos em 32 aldeias, sendo duas no rio Tarauacá, e as demais no rio Jordão.
A Câmara Municipal de Jordão aprovou, na terça-feira (07), uma contrapartida do município no valor de 154 mil reais para que seja implantado água potável em todas as aldeias. A parceria do município com o Estado, via DEPASA consiste no investimento de um milhão e trezentos mil reais para a implantação do projeto em favor do povo Kaxinawá.
Cada aldeia, dependendo do tamanho da mesma, receberá uma estrutura de 2 ou 3 caixas de 2000 litros. Além da rede de distribuição e uma caixa d’água de 300 litros para cada casa.
O projeto prevê ainda a distribuição de duas bombas por aldeias, sendo uma de sucção movida por energia solar (placas) e outra por combustível fóssil. Também serão construídos poços amazônicos nas comunidades indígenas.
Além do DEPASA e Prefeitura, a Funai e Sesai serão parceiros no projeto que levará água potável aos moradores das aldeias. Os recursos são provenientes do convênio BID PROSER, obtido a partir de um empréstimo do Estado junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento.
deputado Jenilson Leite ao lado do cacique. (foto: Jardy Lopes).
Em maio de 2017, o deputado estadual Jenilson Leite (PCdoB) levantou na tribuna da ALEAC esta bandeira de levar água potável para as aldeias indígenas de Jordão. À época, o parlamentar destacou que antes de assumir o cargo de deputado, atuou como médico durante três anos no município de Jordão, e que durante este período presenciou a morte de crianças em decorrências do uso da água sem tratamento. “ Esse investimento irá transformar a vida dos indígenas daquela região, pois o tratamento da água tratada evita diversas doenças das quais eles eram acometidos, indo muitas às vezes a óbito”. O deputado ressaltou que ações como essa, “denota o compromisso do governado com as populações mais isoladas, que muitas vezes foram deixadas de lado. Uma ação fantástica que merece todo o reconhecimento”, disse na tribuna da ALEAC.
Nos últimos anos, a população indígena do município tem sido bastante valorizada no que diz respeito aos investimentos do Estado e da Prefeitura. Na atual gestão municipal, foi implantado a primeira secretaria para lidar diretamente com as demandas dos huni kui jordanenses. Já o governo estadual implantou as primeiras turmas de ensino médio na aldeia São Joaquim.
Por Leandro Matthaus
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