Em entrevista ao portal A Crítica na manhã desta segunda-feira (27), a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), candidata à reeleição, afirmou ser contra o aumento do salário dos parlamentares, diante da crise econômica que o Brasil vive. Segundo ela, no momento de escassez de recursos, ministros do STF propõem reajuste de 16% nos próprios salários. “Isso é inconcebível, inimaginável. Vou votar pelo congelamento do salário dos parlamentares”, frisou.
“O reajuste do salário do parlamentar é de quatro em quatro anos. Dessa legislatura para a próxima, eu serei radicalmente contra qualquer tipo de aumento salarial e tudo aquilo que puder ser cortado, eu acho que deve ser cortado”, afirmou.
Desemprego no Amazonas
A senadora lamentou o alto percentual de desemprego no Amazonas – que é maior do que a média nacional, chegando a 20% – e os ataques sofridos pelo modelo Zona Franca de Manaus. “Passamos 14 anos na Zona Franca de Manaus sem levar um susto, sem sofrer um ataque. Pelo contrário, o que nós semeamos daquilo que plantamos foi uma prorrogação de 60 anos. Agora, as pessoas vão cobrar o que prometemos e fizemos. A maior promessa de campanha da chapa em que eu me elegi para senadora foi a prorrogação da Zona Franca”, lembrou.LulaQuestionada sobre sua posição quanto à candidatura do ex-presidente Lula à presidência, Vanessa, que vestia uma camisa com os dizeres “Vanessa Senadora” e “Lula livre”, defendeu o direito de Lula concorrer às eleições e lembrou o posicionamento da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o caso. “Recentemente, a ONU fez um posicionamento público e legal dizendo que por toda a avaliação das convenções internacionais das quais o Brasil é signatário, o ex-presidente Lula tem que ser candidato à presidência da República, que ele tem esse direito”, disse, lembrando que o presidente do Senado, Eunício Oliveira, já publicou um documento oficial mostrando que essa convenção da qual o Brasil é signatário tem força de lei no Brasil.
Retrocessos
Vanessa falou sobre luta que tem travado nesses dois últimos anos para resistir aos retrocessos que o governo Temer impôs ao País. “Lutamos muito contra todos os projetos que ele apresentou. Todos ruins, todos atacando aquilo que a gente conseguiu de avanço. O Fies, por exemplo, chegou a financiar 700 mil pessoas. Eles limitaram para 100 mil. E desses 100 mil, apenas em torno de 44 mil acessaram porque eles mudaram a lei, fazendo um monte de exigência que o jovem não tem”, exemplificou.
Assista na íntegra a entrevista da senadora Vanessa Grazziotin:
Com informações do portal A Crítica
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