Da esquerda para a direita: Eunício Oliveira, Rodrigo Maia, Romero Jucá, Renan Calheiros e Lúcio Vieira Lima (Foto: Arte/G1)
Inquérito apura se parlamentares receberam propina da Odebrecht. Relator da Lava Jato, Luiz Edson Fachin deve pedir parecer da PGR antes de decidir sobre prorrogação do prazo.
A Polícia Federal pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) mais 60 dias para concluir o inquérito que investiga os presidentes do Congresso Nacional, senador Eunício Oliveira (MDB-CE), e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Tambem são investigados os senadores Romero Jucá (MDB-RR) e Renan Calheiros (MDB-AL), além do deputado Lúcio Vieira Lima (MDB-BA).
O pedido foi encaminhado ao ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato. Antes de decidir, porém, Fachin deverá remeter o caso para a Procuradoria Geral da República (PGR) opinar sobre o tema.
O inquérito
O inquérito foi aberto a partir das delações de executivos e ex-executivos da empreiteira Odebreecht.
A investigação é sobre se os cinco parlamentares receberam propina de R$ 7 milhões da construtora Odebrecht em troca da aprovação de uma medida provisória em 2013 que tratou de incentivos tributários a produtores de etanol e à indústria química.
Todos os parlamentares citados já negaram ter recebido vantagens indevidas ou negaram envolvimento na aprovação da MP.
O pedido da PF
No documento, a PF afirma que ainda são feitas as análises de supostos pagamentos aos políticos por meio de intermediários.
Segundo o documento enviado ao Supremo, há dados entregues pelo gerente de uma empresa de transportes que prestava serviços para a Odebrecht.
Além disso, há um depoimento pendente - de Carlos Parente, da Braskem -, agendado para 1º de novembro, segundo a polícia.
Por Mariana Oliveira, TV Globo, Brasília
10/09/2018 22h15 Atualizado há 12 horas.
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