Por Altamiro Borges
Não dá para confiar muito nos institutos de pesquisas. “Datafalha”, “Globope” e outros têm interesses políticos e comerciais/mercenários e usam as sondagens para obter vantagens. Apesar dessa ressalva, é inquestionável que as duas últimas pesquisas do Datafolha, divulgadas nesta semana, deixaram a mídia monopolista meio desnorteada. Ela teme cada vez mais o resultados das urnas em outubro. Três informações do Datafolha explicam esse desespero,
Vários “calunistas” midiáticos garantiram que o candidato neofascista iria bombar após o deplorável episódio da facada em Juiz de Fora (MG). Seus fanáticos seguidores ficaram excitados, falando até em vitória no primeiro turno e espalhando mentiras na internet. A sociedade, porém, não se comoveu com o ato de violência praticado contra o maior propagador de ódio e violência desta campanha eleitoral. Segundo a pesquisa, ele empacou nas intenções de voto e ficou na margem de erro. Já o seu índice de rejeição aumentou. Bolsonaro levou outra facada!
O Datafolha também confirmou o fiasco de Geraldo Alckmin. Apesar do latifúndio que possui na propaganda da rádio e tevê, com quase metade do tempo em dez dias de campanha, da grana do fundo partidário, da ampla aliança das forças de direita, do apoio da cloaca empresarial e da torcida explícita de jornalões, revistonas e emissoras, o picolé de chuchu derrete a cada dia que passa. Ninguém mais acredita no presidenciável do PSDB.
Mas a informação que mais desnorteou os porta-vozes da mídia monopolista – como ficou patente nos semblantes dos assustados colunistas da Globo – foi o crescimento de Fernando Haddad. Mesmo antes de ter sua candidatura oficializada, sem participar de debates na TV e sofrendo visível censura, “o candidato de Lula” – como está sendo apresentado – dobrou as suas intenções de voto, encostou em Ciro Gomes no segundo lugar e já ultrapassou Geraldo Alckmin e Marina Silva. Há quem preveja que nas próximas pesquisas Haddad já poderá aparecer empatado com Bolsonaro no primeiro lugar.
A mídia monopolista foi a principal protagonista do golpe que levou ao poder a quadrilha de Michel Temer e que está destruindo o país. Ela também exigiu a prisão política de Lula para evitar sua tranquila vitória nas urnas. Agora, ela está desnorteada. Seu candidato, Alckmin, derreteu. Bolsonaro, o fascista chocado pela mídia com sua criminalização da política e sua escandalização da violência, não é de sua inteira confiança. E Haddad dá um salto nas pesquisas. O que mais a mídia vai fazer para salvar o seu projeto golpista? A conferir nas próximas semanas, que serão de fortes emoções e muita adrenalina.
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